Nesta terça-feira, 19/09, aconteceu mais uma reunião de negociação entre a Comissão de Negociação da FENATTEL e a CLARO. O objetivo do encontro foi a negociação do PPR 2023 e do Acordo Coletivo 2023/2025. Porém, a atitude da empresa foi decepcionante.
PPR 2023
A empresa já havia retirado o critério de 90 dias para elegibilidade. Desta vez, a CLARO também retirou o critério de proporcionalidade para transição de área e cargo. No entanto, manteve a proposta de NÃO pagamento de PPR para os desligados a pedido. Com relação ao pagamento, a empresa manteve abril/2024 como data máxima para o crédito, mas ainda considera pagar o PPR na sexta-feira de Carnaval.
A Comissão de Negociação dos Sindicatos recusou a proposta e reivindicou que o PPR 2023 adote os mesmos moldes e critérios anteriores sem qualquer possibilidade de mudança.
ACORDO COLETIVO 2023/2025
Os representantes da CLARO vieram com a conversa mole de que o lucro da empresa não foi proporcional às despesas e por isso precisa de cautela e pragmatismo para dar seus futuros passos nesta negociação. Porém, o Brasil sabe que a CLARO teve receita de R$ 11,3 bilhões no 2º tri, apresentando uma alta de 7,5% na base anual. E tem mais! Entre abril e junho, a operadora registrou um aumento de 12,6% na receita líquida de serviços móveis, com aumento de 6,5% na receita média por usuário (Arpu).
Já a receita no segmento de banda larga fixa residencial, foi apurado acréscimo de 8% no trimestre no comparativo anual, com destaque para os avanços em conexões de alta velocidade. Base de pós-pago na comparação com igual período do ano anterior, adicionando 5,4 milhões de clientes em um ano, impulsionada pela liderança de portabilidade de linhas.
No segmento móvel, o total de clientes somou 83,7 milhões, com acréscimo de 829 mil linhas portadas nos últimos 12 meses, mantendo a liderança em portabilidade há quatro anos.
Diante deste cenário positivo, a empresa teve a cara de pau de apresentar a seguinte proposta:
– Reajuste ZERO nos salários e benefícios.
– Manutenção de todas as cláusulas atuais do Acordo Coletivo vigente.
A Comissão de Negociação rechaçou a proposta e avaliou a mesma como ofensiva. Um verdadeiro tapa na cara dos trabalhadores que tanto se dedicam na construção dos excelentes resultados da empresa.
Os Sindicatos também lembraram a CLARO da precarização do Plano de Saúde e que até hoje ninguém recebeu a relação dos hospitais que o novo plano oferece. A Comissão de Negociação reiterou o desejo de discutir a Pauta de Reinvindicações composta pela categoria.
Para que a empresa mantenha a sua credibilidade junto aos trabalhadores, a Comissão de Negociação reivindicou que a ela reavalie sua proposta.
Os representantes da CLARO concordaram em voltar a estudar os temas e nova reunião ficou pré-agendada para 27/09/23.
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