Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua),do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (31), mostra que 1,6 milhão de pessoas voltaram a trabalhar no 2º trimestre deste ano, que se encerrou em junho de 2024. O índice atingiu 6,9%, o menor dos últimos 10 anos e também de toda a série histórica coletada desde 2012 para o período.
No acumulado do ano, o número de pessoas trabalhando chega a 2,9 milhões. Já a população total ocupada atingiu 101,8 milhões, maior valor já apurado pela série desde 2012. O setor privado registrou o recorde de empregados, totalizando 52,2 milhões. Também houve três atividades com alta na ocupação de cargos: o comércio, a administração pública e as atividades de informação e comunicação.
Por outro lado, a população desocupada (7,5 milhões) recuou nas duas comparações: -12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e -12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
Outros dados da PNAD
Carteira assinada e trabalho informal
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,380 milhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012. Houve alta de 1,0% (mais 397 mil pessoas) no trimestre e de 4,4% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano.
O número de empregados sem carteira no setor privado (13,797 milhões) também foi novo recorde da série histórica, com altas de 3,1% (mais 410 mil pessoas) no trimestre e de 5,2% (mais 688 mil pessoas) no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,6% da população ocupada (ou 39,3 milhões de trabalhadores informais) contra 38,9 % no trimestre encerrado em março e 39,2 % no mesmo trimestre de 2023.
Os desalentados
A população desalentada, aquela que desistiu de procurar emprego, recuou para 3,3 milhões no trimestre computado. O menor contingente no período desde 2016. Houve uma queda de 9,6% no trimestre e de 11,5% no ano.
Salários
No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 3.214. Com o aumento de trabalhadores na ativa, o volume de rendimentos atingiu R$ 322,6 bilhões, marcando um novo recorde.
Pesquisa
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no Brasil e pode ser consultada no Sidra. Ela abrange 211 mil domicílios por trimestre, com cerca de dois mil entrevistadores em 26 estados e no Distrito Federal.
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