O presidente do Sinttel/PR, companheiro Pedro Vítor, participou de reunião com a Telefônica espanhola e sindicatos da América do Sul. O evento ocorreu em 29 e 30/03, organizado pela UNI que é o sindicato global ao qual o Sinttel é filiado.
Hoje o Brasil possui a maior quantidade de trabalhadores da Telefônica em todo o mundo. Do total de 104.150 trabalhadores, 34.746 estão no Brasil e em segundo lugar vem a Espanha com 28.949 trabalhadores.
Outra informação é que o maior índice de satisfação em trabalhar na Telefônica é no Brasil com 80%. O índice global é de 67%. Diante da grandeza que se tornou o Brasil para o grupo Telefônica, o Sinttel reivindicou que os trabalhadores brasileiros sejam recompensados e que a empresa já esteja provisionada para as próximas negociações coletivas.
O presidente do Sinttel/PR e demais companheiros sindicais da Fenattel, aproveitaram a presença da diretora mundial de RH, Marta Machicot, para encaminhar as reivindicações dos trabalhadores, tais como:
• Formação Profissional: é fundamental para o crescimento do trabalhador e também para a empresa. Além dos cursos que já estão no portfólio da empresa, os sindicatos reivindicaram a implantação do curso técnico em eletrônica em conjunto com o Sindicato e que o mesmo seja subsidiado pela empresa.
• Acordo de Desconexão: o Sinttel insistiu na negociação de um acordo que garanta que os trabalhadores não possam ser contatados fora do horário de trabalho. É importante respeitar os horários de descanso e lazer.
• Assédio Moral e Sexual: o Sindicato afirmou que esses problemas precisam ser erradicados da empresa. A Telefônica respondeu que não admite nenhum tipo de assédio e que todos os casos são verificados e tratados. Os representantes do RH afirmaram ainda que todas as lideranças passam e passarão por capacitação sobre esse tema.
• Violência contra as mulheres: o Sinttel questionou sobre este tema. A empresa reafirmou que é inadmissível e que reprime esse tipo de violência. Todos os trabalhadores da empresa serão capacitados sobre o assunto.
• Saúde Mental: o Sindicato alertou sobre o aumento significativo de casos de doenças mentais como depressão, síndrome do pânico, entre outras, ocorridas durante a pandemia da Covid-19. Também foi reivindicado ao RH especial atenção no acolhimento dos trabalhadores. A empresa afirmou que já existe um projeto e também dispensará uma atenção redobrada para o pleito.
• Igualdade salarial entre homens e mulheres: essa foi outra solicitação, pois para trabalho igual deve ser aplicado salário igual. A Telefônica afirmou que tem investido muito neste tópico e que tem equalizado os salários por igual, quando existem similaridades entres os postos de trabalho. A empresa ainda afirmou que desde 2018 os cargos diretivos têm tido um crescimento percentual significativo de mulheres.
• Igualdade racial: o Sinttel questionou o RH mundial da empresa sobre a questão da igualdade racial. A Telefônica disse que já está atuando sobre esse assunto e que já contratou mais de 700 estagiários, sendo que 50% são negros.
• Fibrasil: O Sindicato indagou a empresa sobre o surgimento da Fibrasil, suas atividades e estratégias. A Telefônica se prontificou a esclarecer as dúvidas.
• Empresas terceirizadas: o Sinttel enfatizou que não admitirá precarização de qualquer nível, especialmente no que diz respeito à base de trabalhadores representados pelo mesmo. Esse combate à precarização será ostensivo, pois até hoje a Telefônica é uma referência positiva de terceirização no segmento de rede interna e rede externa.
Sobretudo pelo árduo trabalho executado pelo Sindicato. O RH informou que monitora as suas empresas contratadas e atua de imediato sempre que surgem problemas e que sempre está à disposição para tratar com o Sinttel.
CAMPANHA ABRIL VERDE – TRABALHAR, SIM. ADOECER, NÃO.