Diversos são os fatores – estruturais e conjunturais – que definem a inserção e a trajetória ocupacional dos trabalhadores, destacando-se como o mais relevante a configuração do mercado de trabalho e sua capacidade de absorção da mão de obra. Também as características socioeconômicas dos que pretendem incorporar-se ao mercado de trabalho – como renda familiar e grau de instrução, entre outras – são decisivas para determinar as condições de ingresso e de permanência na vida laboral.
A situação particular de emprego de cada trabalhador, portanto, não depende exclusivamente de suas ações e de seu percurso individual, mas das circunstâncias e das oportunidades que lhe são proporcionadas pela sociedade em que vive e que decorrem, evidentemente, das diretrizes político-econômicas adotadas pelo país ao longo da história.
É consenso, no entanto, que a educação é importante para que os indivíduos alcancem uma boa colocação no mercado de trabalho e, independentemente do contexto econômico que os cerca, contribui positivamente para sua inserção. No Brasil, onde são expressivas as disparidades sociais, econômicas e regionais, a formação profissionalizante pode ser um instrumento fundamental para a inclusão social e a redução das desigualdades.
Nesta nota, pretende-se examinar a situação da Educação Profissional no país e sua relação com o mercado de trabalho. Para isso, serão apresentadas, primeiramente, as modalidades de Educação Profissional previstas na legislação. Em seguida, serão analisados o alcance e a eficácia dessas políticas, por meio de dados relativos à condição ocupacional dos trabalhadores que frequentaram cursos dessa natureza. Por fim, serão expostas e debatidas as concepções sobre Educação Profissional em disputa no debate público.
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SINTTEL-PR – A FORÇA DO TRABALHADOR TELEFÔNICO CONECTANDO O MUNDO.