Passada a fase mais aguda da pandemia, após mais de dois anos, o número de brasileiros ocupados superou o período anterior à crise sanitária, ainda que a economia brasileira caminhe a passos lentos. No segundo trimestre de 2022, havia 98,3 milhões de pessoas ocupadas no país, número bem superior aos 94,2 milhões do segundo trimestre de 2019 e aos 89,4 milhões do mesmo período de 2021.
Nesses últimos 12 meses, a ocupação tem aumentado principalmente em posições que requerem menos escolaridade e que pagam menores salários, o que revela um mercado de trabalho empobrecido e com poucas perspectivas de ascensão para os trabalhadores.
Entre os trabalhadores com superior completo, o crescimento das ocupações consideradas típicas (1,3%), como diretores e gerentes ou profissionais das ciências e intelectuais, foi bem inferior ao das não típicas (6,7%). Ou seja, o aumento tem sido puxado por ocupações que não requerem formação superior.
No 2º trimestre de 2022, o número de ocupados com ensino superior teve acréscimo de 749 mil, na comparação com o ano anterior. Entretanto, nas ocupações típicas para pessoas formadas, o aumento foi de apenas 160 mil. Os demais 589 mil trabalhadores (78,6%) foram parar em funções não típicas.
Veja o estudo completo em https://www.dieese.org.br/
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