Na data-base fevereiro, 60,5% dos 119 reajustes analisados pelo DIEESE até 9 de março, ficaram abaixo da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE). São dados preliminares, mas, em termos percentuais, se aproximam do observado em janeiro de 2021, quando foram analisados 2.315 reajustes. Outros 15,1% dos reajustes de fevereiro tiveram valor equivalente ao da inflação acumulada nos 12 meses anteriores.
Os demais 24,4% ficaram acima do índice inflacionário medido pelo IBGE. Quanto a janeiro de 2022, o quadro melhorou em relação ao divulgado na última edição deste informativo, com queda de quase 9 pontos percentuais (p.p.) nos reajustes abaixo do INPC e aumento em 10 p.p. naqueles iguais à inflação.
REAJUSTE NECESSÁRIO
Quanto ao valor do reajuste necessário, equivalente à inflação acumulada nos 12 meses anteriores à data–base, nota-se o agravamento do quadro, após uma ligeira melhora em janeiro de 2022. A situação tende a piorar nos próximos meses, em função do impacto da guerra na Ucrânia sobre o preço dos combustíveis e da alimentação. O reajuste necessário para os reajustes da data-base março/22 atingiu 10,80%.
REAJUSTES ESCALONADOS
Reajustes escalonados foram observados em 7,6% das negociações salariais de fevereiro último. O percentual vem caindo acentuadamente nas últimas datas-bases, mas é ainda superior ao observado em fevereiro de 2021.Grá
RESULTADOS ACUMULADOS EM 2022
No acumulado do ano (jan-fev/22), nota-se uma distribuição preliminar quase equânime dos reajustes em comparação com o INPC. Cerca de 37% dos reajustes das duas primeiras datas-bases do ano ficaram abaixo da inflação, 32% ficaram acima e 31% em valor igual ao INPC. A variação real média até o momento é de -0,48%.
RESULTADOS POR REGIÃO
No recorte regional, destacam-se positivamente as negociações das regiões Sudeste, com maior percentual de reajustes acima da inflação, e Sul, com a menor frequência de reajustes abaixo da mesma. Por outro lado, nas regiões Centro-Oeste e Norte, mais da metade dos reajustes ficou abaixo da variação do índice inflacionário.
PISOS POR REGIÃO GEOGRÁFICA
Na comparação entre as regiões geográficas, os instrumentos da região Sul são os que apresentam os maiores valores médio e mediano de piso salarial e o Nordeste, os menores valores médio e mediano.
Trabalhador, para visualizar este e muitos outros estudos acesse https://www.dieese.org.br/ e fique por dentro das notícias do mercado de trabalho em nosso país.
8MARÇO – UM PAÍS MELHOR PARA AS MULHERES, É UM PAÍS MELHOR PARA TODO MUNDO!