A demanda não é nova e aqueles que demandam também são velhos conhecidos da classe trabalhadora.
A discussão do final de 2021, foi o relatório do GAET – grupo formado por pesquisadores e estudiosos ligados ao mundo patronal – que elencou um conjunto de propostas, e apresentaram no Conselho Nacional do Trabalho, para uma nova rodada de reforma trabalhista. Entre elas estão previstas mudanças no FGTS, Seguro Desemprego e na multa demissionária.
Mas o que é que muda se essas propostas avançarem?
Primeiro, que o Seguro Desemprego deixará de existir nos moldes atuais, bancado pelo Estado e mantido pelo conjunto dos impostos dos contribuintes. O Seguro Desemprego passaria a ser vinculado à uma conta individual, que seria uma espécie de novo FGTS.
E tem mais! A proposta prevê o fim do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço assim como o conhecemos hoje. O empregador e o governo depositariam “alguma coisa” nesta conta todos os meses, e quando o trabalhador fosse demitido não sacaria mais o fundo, e simplesmente sacaria aquele recurso que foi guardado na sua conta individual.
Isso nos lembra um pouco a discussão da reforma da previdência, que pautou sempre na individualização da conta e esperar para ver como cidadão se vira com ela lá no futuro.
A proposta também extingue a multa dos 40% do FGTS na demissão imotivada. Não extingue do ponto de vista das empresas, mas sim extingue do ponto de vista do recebimento do trabalhador, sendo então depositada ou paga para o governo que poderia colocar ou não o valor na conta individual ou outra conta qualquer.
Então, na prática o que aconteceria é o seguinte: você não terá mais o Seguro Desemprego e o seu FGTS não poderá ser sacado nos momentos de emergência (desemprego, doença ou de compra de imóvel).
Lembrando que desta forma, desconstroem-se o FAT e o FGTS que são as bases de financiamento da casa própria e do financiamento da indústria brasileira por meio do BNDES (no caso dos recursos do FAT). Se desmonta a estrutura de estado para pensar o futuro e coloca o trabalhador num nível de maior fragilidade e desproteção do que já vive hoje.
Clique aqui e conheça o relatório na íntegra.
FONTE: https://www.dieese.org.br/
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